Filosofia do Estado e das Relações Internacionais

Código

03000752

Créditos ECTS

9

Objetivos

Promover junto dos alunos as ferramentas analíticas, críticas e valorativas específicas da Filosofia Política com vista a um triplo exercício. Em primeiro lugar, uma melhor compreensão do momento actual em que vivemos e dos desafios e das oportunidades com que nos confronta. Em segundo lugar, a submissão das categorias contemporâneas com as quais organizamos e imprimimos sentido ao nosso mundo ao crivo da análise crítica e de um juízo valorativo, recorrendo, para o efeito, às propostas da civilização Ocidental ao longo dos tempos. Em terceiro lugar, a configuração de modelos novos de organização social e política, tanto a nível interno como a nível internacional, mais capazes de corresponder ao mundo contemporâneo; Explorar a ideia de Estado enquanto forma do político da modernidade e o sistema de relações Internacionais por ele engendrado;

Compreender o sucesso em que o modelo estatal de organização social e política se traduziu para o Ocidente desde o dealbar da modernidade.

Programa

I – Condição humana e Filosofia Política: personalidade e solidariedade;

II – Formas do político e das relações sociais. Política e Relações Internacionais;

III – O Estado como forma do político da modernidade e a emergência das Relações Internacionais como disciplina científica;

IV – Estado soberano e Relações Internacionais: poder, democracia, direito, solidariedade e justiça;

V – As ideias de Estado, de Política e de Relações Internacionais: emergência, consolidação e crise contemporânea;

VI – Crise do Estado e relevância para o futuro;

VII – Estado e Relações Internacionais: realismo empírico e cosmopolitismo;

VIII – Crise do Estado e integração infra e supra – estatal: interesses e valores. A União Europeia como forma do político e a globalização.

Métodos de Ensino

A unidade curricular combina duas metodologias de ensino. Num primeiro momento, exposição, dialogada de conteúdos (textos, autores e problemáticas fundamentais). A partir das competências assim adquiridas, o segundo momento, conhecerá uma dimensão tutorial, de convite dos alunos à investigação autónoma e de apresentação crítica regular, oral e escrita, dos resultados obtidos. A avaliação conhecerá, também ela, duas dimensões. Por um lado, a participação nas sessões de trabalho, incluindo a discussão do trabalho desenvolvido pelos alunos. Por outro lado, no início do semestre, cada aluno deverá eleger um domínio de investigação a que se dedicará e no âmbito de qual desenvolverá um trabalho de investigação, a ser apresentado e debatido com os colegas. Em termos de classificação final, à participação nas sessões de trabalho será atribuída uma ponderação de 40% e à elaboração, apresentação e defesa de um trabalho de investigação, os restantes 60%.

Bibliografia

Aristóteles, Política, Lisboa, Vega, 1998;

AMARAL, Carlos E. Pacheco, Do Estado soberano ao Estado das autonomias. Regionalismo, subsidiariedade e autonomia para uma nova ideia de Estado, Porto, Afrontamento, 1998;

AUGBURG, Valérie, Gérard Bossuat and Giles Scott – Smith, European Community, Atlantic Community, Paris, Soleb, 2008;

ENES, José, Portugal Atlântico, Lajes do Pico, Companhia das Ilhas, 2015;

FORET, François, De l’État à l’Union Européenne, Bruxelles, Éditions de l’Université de Bruxelles, 2015;

HACHE, Jean Didier, coord., Quel statut pour les îles d’Europe? Paris, Harmattan, 2000;

HOBBES, Thomas, Leviatã, Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2010;

HUNTINGTON, Samuel, O choque das civilizações e a mudança na ordem mundial, Lisboa, Gradiva, 1999;

KANT, Immanuel, A paz perpétua e outros opúsculos, Lisboa, Edições 70.

Método de Avaliação

  • Sessões de trabalho - 40 %
  • Trabalho de investigação - 60 %