Psicologia, Ambiente e Saúde

Objetivos

1) Discutir a complexidade, os princípios e as implicações para a intervenção psicológica da abordagem One Health.

2) Compreender a relevância da gestão social de riscos ambientais para a saúde;

• Dominando os processos envolvidos na gestão;
• Conhecendo e comparando processos de perceção e avaliação de riscos;
• Identificando os processos psicológicos envolvidos na compreensão do risco;

3) Conhecer e compreender a influência de fatores ambientais sociais e físicos na saúde, identificando:

• fontes e tipos de agentes ambientais e o papel que desempenham;
• problemas de saúde ambiental à escala global e local;
• problemáticas psicológicas que emergem da influência dos ambientes residenciais, profissionais, comunitários e naturais na saúde e no bem-estar;

4) Analisar como é que os indivíduos e as comunidades respondem a problemas na interface da Psicologia, Saúde e Ambiente, 

• Avaliando criticamente modalidades de intervenção;
• Propondo medidas de intervenção para problemas específicos.

Programa

1. Saúde e Ambiente: eixos de análise
1.1. O conceito de saúde na One-health approach e suas implicações para a investigação e a intervenção

1.2. Risco e incerteza
1.2.1. Abordagens das ciências sociais
1.2.2. Processo e dinâmicas de gestão social do risco
1.2.3. Psicologia do Risco: perceções, emoções, decisões e comportamentos

2. Condicionantes Ambientais da Saúde:
2.1. Ambientes físicos: clima; água; alimentação; natureza; espaço residencial
2.2. Ambientes sociais: pobreza; migrações; violência; trabalho; internet

3. Tolerabilidade, aceitação de inovações e mudança aos níveis macro, meso e micro, com impacte na saúde:
análise de casos

Métodos de Ensino

O trabalho pedagógico visa criar um ambiente de aprendizagem dinâmico, competindo ao docente orientar os estudantes na compreensão e aplicação de conceitos e no envolvimento criativo no objeto de estudo, e ao estudante assumir a responsabilidade ativa pelo seu processo formativo. Oradores convidados, que desenvolvem investigação no domínio, constituem um recurso de aprendizagem privilegiado. São mobilizadas estratégias de ensino, síncronas e assíncronas, como aulas, seminários, resolução de exercícios, trabalho de grupo e supervisão de grupos. Pretende-se que as atividades a realizar nas aulas sejam suportadas em trabalho autónomo dos estudantes (pesquisas, leituras, visitas e análises críticas).

A avaliação contempla elementos individuais –reflexões quinzenais de eventos alvo de notícia (15%); apreciações críticas escritas das sessões com oradores (15%); um teste (30%) – e de grupo –uma revisão de literatura sobre um dos tópicos do programa (30%) e respetiva apresentação oral (10%). 

Bibliografia

Breakwell, G.M. (2014). The psychology of risk (2nd ed.). Cambridge University Press.
Lima, M.L. et al. (Eds.). (2014/2016). Psicologia social da saúde: investigação e intervenção em Portugal, vols. 1 e 2. Edições Sílabo.
Soczka, L. (Org.). (2005). Contextos Humanos e Psicologia Ambiental. Fundação Calouste Gulbenkian.
Inauen, J., Contzen, N. Frick, V., Kadel, P., Keller, J., et al. (2021). Environmental issues are health issues: Making a case and setting an agenda for environmental health psychology. European Psychologist 26(3), 219–229.
Jimenez, M.P.; DeVille, N.V.; Elliott, E.G.; Schiff, J.E.; Wilt, et al. (2021). Associations between Nature Exposure and Health: A Review of the Evidence. Int. J. Environ. Res. Public Health, 18, 4790.
Slovic, P. (2010). The feeling of risk. New perspectives on risk perception. Earthscan.
WHO (2022). Compendium of WHO and other UN guidance on health and environment, 2020 update. Geneve:
(WHO/HEP/ECH/EHD/22.01). Int J Environ Res Public Health, MDPI

Método de Avaliação

• Apreciações críticas escritas das sessões com oradores - 15 %
• Apresentação oral - 10 %
• Mini Testes - 30 %
• Reflexões quinzenais de eventos alvo de notícia - 15 %
• Trabalho Individual e/ou de Grupo - 30 %